Matéria Especial por Clackson
Roberto Seabra – O Marechal da Vitória
do Turfe Brasileiro
O
presente artigo tentará, mas não logrará êxito, em homenagear postumamente o
criador Roberto Seabra, falecido no último dia 2 de dezembro de 2005, que
juntamente com seu irmão, Nelson, foram os titulares do Olimpo do Turfe, o
Haras Guanabara.
Por
que não logrará êxito este artigo?
Por
uma razão muito simples: por mais que se escreva sobre a importância do Haras
Guanabara no turfe brasileiro, e muito já se escreveu sobre ele, ninguém
conseguirá traduzir em palavras, imagem ou o que valha, o que representou a
criação dos Seabra para o turfe brasileiro.
Os
Seabra foram, e para todo o sempre serão, os melhores criadores da raça PSI
que o Brasil já teve.
Pode-se afirmar com uma segurança estatística que é extremamente pouco provável
que surja em outro criador que chegue perto do “Himalaia” da criação que
representou o Haras Guanabara no criatório nacional.
A
conclusão acima é de uma simplicidade cristalina: Criar os animais que criou,
vencer as corridas que venceu e propagar para todo o turfe brasileiro os seus
conceitos de criação faz dos irmãos Seabra um paradigma a ser seguido para
quem quiser almejar um dia querer criar cavalos puro sangue inglês.
A
comprovar o que foi escrito acima, citemos alguns de seus produtos que se
confundem com a própria glória do turfe brasileiro:
Dulce, Escorial, Emerson, Embuche, Emerald Hill, Duplex, Sing Sing e tantos outros.
Escorial |
Duplex |
Da relação acima se encontram duas tríplices coroadas (Dulce e Emerald Hill), dois cavalos invictos, Escorial e Emerson, sendo o primeiro, vencedor entre outros grandes páreos, do GP Carlos Pellegrini e GP 25 de Mayo, ambos na Argentina, e Emerson vencedor do Derby Carioca, Paulista e Sul Americano além de ter sido um reprodutor de sucesso na França.
Dulce |
Embuche, a melhor égua da década de sessenta e Duplex, o vencedor de quatro GP´s internacionais: ( GP Organización Sudamericana Del Fomento ao Puro Sangre de Carrera, Grupo I, Palermo, Argentina, corrido em 1.600m, GP Internacional Jockey Club do Peru e GP José Pedro Ramirez, no Uruguai, ambos os GP´s em 2.400 areia, e finalmente os 2.000 metros, grama, do GP Associación Latino Americana de Jockeys Clubs, disputado em San Isidro.
Embuche |
Sing
Sing, vencedor do Grande Prêmio São Paulo de 1.963.
Note leitor que os irmãos Seabra criaram a melhor égua da década de 50 (Dulce), a melhor de 60 (Embuche) e a melhor de 70 (Emerald Hill).
Emeral Hill |
Parafraseando
e alterando um pouco Wiston Churchill, pode-se dizer dos irmãos Seabra o
seguinte: “Nunca tantos, viram tanto, em tão pouco tempo”.
Se
nas Copas de 58 e 62 o chefe da delegação brasileira, Paulo Machado de
Carvalho, foi imortalizado como o Marechal da Vitória, o mesmo pode ser dito de
Roberto Seabra quanto às suas (nossas) vitórias internacionais.
Ele foi o Marechal da Vitória do Turfe Brasileiro!!!
Emerson |
As
fotos deste artigo são uma singela homenagem a Roberto Seabra e seu irmão,
Nelson, por tudo que fizeram de magnânimo pelo turfe nacional.
A
eles, toda Honra e toda Glória do Turfe Brasileiro !!!
Nota:
Fosse outro o turfe brasileiro, teríamos neste mês de Dezembro, nos hipódromos,
as bandeiras dos respectivos Jockeys Clubes estendidas à meio pau em sinal de
luto, para aquele que foi o Maior dos Maiores.