Tal qual o Cristianismo que tem suas datas máximas no ano, Páscoa e Natal, comemoradas com muita religiosidade, no turfe também encontraremos duas datas magnas, que à exemplo da religião, possuem também grandes comemorações porém no sentido esportivo, e com alta carga emotiva.
Trata-se do Grande Prêmio São Paulo, corrido todo mês de Maio em Cidade Jardim, e o Grande Prêmio Brasil, corrido em Agosto no Jockey Club Brasileiro.
Nessas duas importantes datas do calendário turfístico brasileiro, o público é levado a ver os melhores cavalos nacionais e estrangeiros, em disputas que se eternizam na memória e atravessam indeléveis os tempos.
Como estamos na iminência da disputa de um Grande Prêmio Brasil, a ser corrido dentro de uma semana, nada melhor que fazermos um “apronto” e darmos um “galope largo” na memória dessa importante prova do calendário sul americano.
Antes de iniciarmos o “galope”, cabem algumas considerações sobre os escolhidos. Procurou-se apresenta-los dentro de suas respectivas épocas, mas sem a presunção de afirmar que foram os melhores destas.
Estamos passeando pelo tempo e aproveite para relembrar seu craque. Ajuste sua gravata, pegue seu binóculo e bom Grande Prêmio!!.
- O COMEÇO DE TUDO
Coube ao cavalo Mossoró vencer a primeira edição do Grande Prêmio Brasil, no ano de 1.933 e imortalizar-se na história do turfe brasileiro.
Treinado por Elógio Morgado, veterano treinador à época, um episódio triste marcou o fim de Mossoró.
Um repórter exibiu ao treinador uma foto onde Mossoró estava nos seus últimos momentos de vida, e a foto por si só chocante, deixou o treinador profundamente amargurado e deprimido, e triste pediu ao amigo repórter que não publicasse a foto, pois todos deveriam ter a imagem de Mossoró como um campeão e não naquelas condições.
O repórter, cioso de sua profissão e com a responsabilidade de levar a notícia, que nem sempre é o que todos gostariam de ler, negou-se por dever de profissão e publicou a foto.
Eulógio Morgado (foto a baixo) deprimido viu a foto no jornal e desde então até o momento de seu falecimento, nunca mais dirigiu a palavra ao repórter.
Mossoró
- UM MITO CHAMADO GUALICHO
Falar ou escrever sobre Gualicho é ter assunto para pelo menos um ano, mas sejamos breves e vejamos o fenômeno vencendo o GP Brasil de 1.953, montado por Olavo Rosa.
O filho de The Druid e Golconda era treinado por Manoel Branco e propriedade do Stud Almeida Prado e Assumpção.
Gualicho chegada GP. Brasil
- ELE NÃO PODERIA FALTAR
Ele teria de aparecer em qualquer lista de vencedores do GP Brasil e não por menos, foi o jockey que sagrou-se cinco vezes campeão.
Falamos de Juvenal Machado Silva e abaixo está sua fantástica vitória com o tordilho Bowling, de propriedade do Haras Santa Ana do Riogrande.
Bowling GP. Brasil 1987
- SERÁ DIFÍCIL VER ALGO IGUAL
Jamais poderia deixar de faltar na história desse GP, um de seus maiores nomes, que foi o cavalo Much Better, vencedor de todas as principais provas do turfe sul americano.
Montado pelo jockey recordista mundial de vitórias e sinônimo de qualidade e profissionalismo, Jorge Ricardo, essa dupla marcou época no turfe.
Much Better