Matéria Especial GP. São Paulo
Fizeram segundo, mas eram primeiros.
Por
Clackson,
A história do
Grande Prêmio São Paulo está recheada de grandes corredores que venceram de
forma categórica a prova, porém recentemente o site Turfebrasil fez uma matéria
sobre os grandes nomes que fizeram segundo lugar no Kentucky Derby.
A exemplo
disso, e na semana magna do turfe paulista, vamos mostrar alguns dos grandes
nomes do turfe brasileiro e internacional que vieram a fazer segundo nesse páreo,
mas suas campanhas mostraram que a vitória sempre foi à palavra que os
acompanhou, todavia não nesse páreo.
Lutz – GP São de Paulo de 1.986
O cavalo
peruano Lutz talvez tenha sido a mais injusta das derrotas de um cavalo no GP São
Paulo e explica-se o motivo.
Lutz era dono
de uma velocidade assombrosa e resistência idem. O cânter nesse páreo fora
feito de forma inusitada, pois o cavalariço, segurando as rédeas , acompanhou
o cavalo para que não houvesse a menor chance de o brioso animal disparar. O
“team” peruano não confiava no trabalho do “Napoleão” paulista.
Pois bem, dada
a largada o “furacão” peruano passou como um bólido pelas tribunas
sociais, e seu galope mostrava que o disco era apenas uma questão de tempo,
pois ninguém o ultrapassaria.
Infelizmente,
na entrada da reta, um famoso jockey do turfe paulista, à época montaria
oficial do Haras Rosa do Sul, conseguiu aproximar-se do peruano e de forma desleal, jogou sua égua para cima do cavalo trazendo-lhe um enorme
contratempo, e esse percalço foi o que faltou no disco para manter a vantagem
sobre a atropelada da égua Cisplatine, do turfe carioca.
Foi sem dúvida,
uma página triste na história do GP São Paulo. O jockey paulista foi suspenso
por 30 dias, mas o prejuízo já havia sido dado.
No ano
seguinte, Lutz massacrou seus adversários ao vencer o Grande Prêmio Associação
Latino Americana de Jockeys Clubs. Sua categoria era por demais superior.
Acompanhe a foto com a sua primeira passagem no disco.
Lutz (Peruano de fibra) |
Full
Love – GP São Paulo de 1.984.
O cavalo Full
Love, favorito do páreo, tinha um único adversário nesse páreo: a grama. Ela
se encontrava macia e sua predileção era a raia seca.
Às de Pique,
montado pelo Gabriel Meneses e treinado pelo Mário Gosik, não tomou conta
desses detalhes e aplicou-lhe uma derrota que pela própria foto abaixo
denota-se que se houvesse mais uma volta , o Às de Pique não seria
ultrapassado nunca.
Às de Pique - Vence - 2º Full Love |
Fitz
Emilius – GP São Paulo de 1.976.
O cavalo Fitz
Emilius, um grande nome do turfe paulista da década de 70, tinha um retrospecto
invejável, para esse páreo tinha um excelente jockey, Albenzio Barroso,
todavia, quando dos deuses do turfe decidem por outro resultado, de nada adianta
o retrospecto e jockey.
Big Poker, do Stud Gold Red, montado pelo freio João Manoel Amorim, resistiu de forma heróica a arrancada de Fitz Emilius e mais um grande nome entrava para a galeria dos cavalos que fizeram o placê
Big Poker |
Corto
Maltese – GP São Paulo de 1.987
O cavalo Corto
Maltese talvez tenha sido o maior “segundo” da história do turfe, tal a sua
saga em sempre perder páreos incríveis. O Grande Prêmio São Paulo de 1.987
foi mais uma dessas provas.
Corrido “a
dedo” pelo bridão Nelson Souza, encontrou pela frente nada menos que Brown
Tiger e Grimaldi, sendo este último, em cima do disco, seu carrasco.
No ano
seguinte, voltaria a fazer segundo para Ken Graf, porém essa chegada,
especificamente, foi atribulada.
Acompanhe a
foto onde Grimaldi, com o Juvenal Machado Silva, livra pescoço para Corto
Maltese e Brown Tiger,
Grimaldi (ao centro) Corto Maltese (aberto) |